Na minha mente a sequência dos fatos se repetia incessantemente. Era como a pior das torturas, sem precedentes e sem pausas, gerando um sentimento tão ruim e devastador que eu sentia que a qualquer instante cederia a tudo aquilo e cairia sobre meus próprios joelhos em um pranto delirante.
Justin estava determinadamente pior que eu, encarando o espaço onde antes estava o corpo deformado de Helena, seus olhos pareciam presos ao local quase como se ele estivesse a vendo ali e eu conseguia sentir todos os sentimentos fluindo de seu corpo, passando por entre os poros de sua pele, e dominando o ar. Ele estava irado, aflito e com medo. Pela primeira vez eu havia farejado o real medo de Justin, um cheiro tão forte e cítrico que me causava um incomodo no nariz.
-Drew... -Balbuciei em busca de algo para dizer a ele, afinal duvido que nessas condições ele tenha se quer cogitado se concentrar em ouvir meus pensamentos e ouvir as minhas duvidas internas.
-Não. -Ele replicou bruto- Não diga nada, não agora. -Vi ele jogando para fora uma grande quantidade de ar que havia desnecessariamente inalado, como se soltasse um suspiro pesado e sofrego- Eu só preciso de você, por favor.
E mais uma vez eu estava desarmada na sua frente, me sentindo nua perante os olhos caramelados que pareciam enxergar muito além da minha carne. Ele analisava a minha alma com atenção, com o maxilar tão travado quanto nunca antes, com um pesar que me fez compreender que por mais que Helena fosse irritante e talvez não tenha sido a melhor das almas em vida, ele a respeitava. Sei que Justin estava pensando nela.
Mas minha mente egoísta não atua dessa forma, para mim foi mil vezes pior ouvir o demônio ameaçando Justin do que saber que o ser infernal havia levado Helena morta para junto de si. Isso é ruim, é sim, mas é como eu me sinto. Me dói pouco matar, muito pouco se comparado a dor que é ver esse misto de sentimentos cruéis no rosto do meu vampiro.
Foi essa vontade inquietante que fez meu corpo sair do estado de choque, quando eu enfim arrastei meus pés em sua direção, abrindo os braços e me deixando ser levada pela sensação acolhedora do seu abraço apertado demais, chegando a me causar dor pela força aplicada, mas o melhor abraço do mundo.
Eu podia sentir como toda a felicidade que construímos durante o dia havia sido perdida ao entrarmos aqui. Desejava poder voltar no tempo, tinha medo de que Drew se fechasse mais, medo de que a ameça do ser estranho se tornasse realidade antes que eu houvesse pensado em algo para impedir aquilo.
-O pacto vai se cumprir logo, eu sinto isso. -Justin murmurou em meio aos meus cabelos, com a voz distante da que era sua por costume. Toda a indiferença e ironia havia dado vez para um tremor leve e quase imperceptível, que me deixavam claro que ele estava perdendo o controle- Eu sei que a escolha foi minha, e eu me odeio por isso, me odeio por só ter te achado só agora... isso não é justo! -A sua raiva veio de encontro a mim- Agora que te tenho comigo, estou condenado a ir ao inferno!
Me afastei de seus braços e o fitei repreendedora, mas desviei meus olhos dos seus, não sendo capaz de manter o peso do seu olhar.
Não era mesmo justo, eu sei, mas ele não podia continuar alimentando aquilo, não quando ainda se há uma esperança.
-Drew, eu posso... -Ele mais uma vez me interrompeu.
-Você não pode fazer nada (SeuNome)! -Justin me soltou de vez, dando alguns passos para longe e parecendo estar com raiva de mim- Não entende?! A porra toda está perdida agora! -Ele revirou os olhos e se virou de costas para mim, não deixando que eu visse sua expressão, porém sua voz dura me deixava claro que não era das melhores- E se isso tivesse acontecido antes eu agradeceria, iria para seja lá onde for, de bom grado, mas agora eu não quero ir! -O desespero se tornava evidente em cada palavra- Eu tenho motivos para viver, eu tenho você aqui, não posso ser levado! -Ele se virou abruptamente, tão instintivo que eu não fui capaz de prever- E o pior é saber que mesmo depois disso ainda tem uma esperança dentro de você, e eu a sinto de longe... Você não está enxergando? Não se importa? Como pode ter essa maldita chama acessa dentro de si depois do que aquele domínio disse? É quase como se não se importasse comigo, como se não ligasse para o fato de que eu iriei morrer em breve.
-Você está alterado, eu não vou rebater isso. -Respondi um tanto dura, tentando não demonstrar o quão magoada suas palavras me deixaram, mesmo sabendo que ele podia claramente adivinhar todos os efeitos causados por cada sílaba- Sei que não é isso o que pensa.
Me virei e dei alguns passos para o corredor, buscando fugir daquela situação. Tudo o que menos precisávamos era mais um grande conflito. Justin havia acabado de voltar para os meus braços, eu não poderia perde-lo agora, não agora.
-É exatamente o que penso, que Helena parecia me amar mais que você, ela morreu por mim.
Mais uma vez reprimi o ódio e a tristeza, me arrastando para longe dele antes que o veneno destilasse e mais uma vez eu o machucasse. Chegava a ser engraçado como Justin se tornava um perfeito idiota quando queria ser um. Ele feria fundo quando desejava,
Justin estava determinadamente pior que eu, encarando o espaço onde antes estava o corpo deformado de Helena, seus olhos pareciam presos ao local quase como se ele estivesse a vendo ali e eu conseguia sentir todos os sentimentos fluindo de seu corpo, passando por entre os poros de sua pele, e dominando o ar. Ele estava irado, aflito e com medo. Pela primeira vez eu havia farejado o real medo de Justin, um cheiro tão forte e cítrico que me causava um incomodo no nariz.
-Drew... -Balbuciei em busca de algo para dizer a ele, afinal duvido que nessas condições ele tenha se quer cogitado se concentrar em ouvir meus pensamentos e ouvir as minhas duvidas internas.
-Não. -Ele replicou bruto- Não diga nada, não agora. -Vi ele jogando para fora uma grande quantidade de ar que havia desnecessariamente inalado, como se soltasse um suspiro pesado e sofrego- Eu só preciso de você, por favor.
E mais uma vez eu estava desarmada na sua frente, me sentindo nua perante os olhos caramelados que pareciam enxergar muito além da minha carne. Ele analisava a minha alma com atenção, com o maxilar tão travado quanto nunca antes, com um pesar que me fez compreender que por mais que Helena fosse irritante e talvez não tenha sido a melhor das almas em vida, ele a respeitava. Sei que Justin estava pensando nela.
Mas minha mente egoísta não atua dessa forma, para mim foi mil vezes pior ouvir o demônio ameaçando Justin do que saber que o ser infernal havia levado Helena morta para junto de si. Isso é ruim, é sim, mas é como eu me sinto. Me dói pouco matar, muito pouco se comparado a dor que é ver esse misto de sentimentos cruéis no rosto do meu vampiro.
Foi essa vontade inquietante que fez meu corpo sair do estado de choque, quando eu enfim arrastei meus pés em sua direção, abrindo os braços e me deixando ser levada pela sensação acolhedora do seu abraço apertado demais, chegando a me causar dor pela força aplicada, mas o melhor abraço do mundo.
Eu podia sentir como toda a felicidade que construímos durante o dia havia sido perdida ao entrarmos aqui. Desejava poder voltar no tempo, tinha medo de que Drew se fechasse mais, medo de que a ameça do ser estranho se tornasse realidade antes que eu houvesse pensado em algo para impedir aquilo.
-O pacto vai se cumprir logo, eu sinto isso. -Justin murmurou em meio aos meus cabelos, com a voz distante da que era sua por costume. Toda a indiferença e ironia havia dado vez para um tremor leve e quase imperceptível, que me deixavam claro que ele estava perdendo o controle- Eu sei que a escolha foi minha, e eu me odeio por isso, me odeio por só ter te achado só agora... isso não é justo! -A sua raiva veio de encontro a mim- Agora que te tenho comigo, estou condenado a ir ao inferno!
Me afastei de seus braços e o fitei repreendedora, mas desviei meus olhos dos seus, não sendo capaz de manter o peso do seu olhar.
Não era mesmo justo, eu sei, mas ele não podia continuar alimentando aquilo, não quando ainda se há uma esperança.
-Drew, eu posso... -Ele mais uma vez me interrompeu.
-Você não pode fazer nada (SeuNome)! -Justin me soltou de vez, dando alguns passos para longe e parecendo estar com raiva de mim- Não entende?! A porra toda está perdida agora! -Ele revirou os olhos e se virou de costas para mim, não deixando que eu visse sua expressão, porém sua voz dura me deixava claro que não era das melhores- E se isso tivesse acontecido antes eu agradeceria, iria para seja lá onde for, de bom grado, mas agora eu não quero ir! -O desespero se tornava evidente em cada palavra- Eu tenho motivos para viver, eu tenho você aqui, não posso ser levado! -Ele se virou abruptamente, tão instintivo que eu não fui capaz de prever- E o pior é saber que mesmo depois disso ainda tem uma esperança dentro de você, e eu a sinto de longe... Você não está enxergando? Não se importa? Como pode ter essa maldita chama acessa dentro de si depois do que aquele domínio disse? É quase como se não se importasse comigo, como se não ligasse para o fato de que eu iriei morrer em breve.
-Você está alterado, eu não vou rebater isso. -Respondi um tanto dura, tentando não demonstrar o quão magoada suas palavras me deixaram, mesmo sabendo que ele podia claramente adivinhar todos os efeitos causados por cada sílaba- Sei que não é isso o que pensa.
Me virei e dei alguns passos para o corredor, buscando fugir daquela situação. Tudo o que menos precisávamos era mais um grande conflito. Justin havia acabado de voltar para os meus braços, eu não poderia perde-lo agora, não agora.
-É exatamente o que penso, que Helena parecia me amar mais que você, ela morreu por mim.
Mais uma vez reprimi o ódio e a tristeza, me arrastando para longe dele antes que o veneno destilasse e mais uma vez eu o machucasse. Chegava a ser engraçado como Justin se tornava um perfeito idiota quando queria ser um. Ele feria fundo quando desejava,
Narrado na terceira pessoa
E o vampiro rosnou irritado consigo mesmo ao ter mais uma vez a certeza de que a arcanjo era boa demais para alguém tão podre quanto ele se julgava ser. Mesmo que buscasse esconder, livra-la de suas crises, mirar o alvo se sua raiva e insegurança em outro alguém, ele sempre tendia a machucar a quem mais amava.
Justin sabia do quão próximo a um demônio ficava quando estava raivoso ou até mesmo frustrado, o rosto apavorado de suas vitimas o garantia disso. O que o rei das chamas não sabia era que a arcanjo também tinha consciência do seu pior lado, ela já não temia a maior parte de suas reação tempestuosas, já conseguia distinguir o que vinha de Justin, o vampiro solitário e cruel, do que vinha de Drew, o seu doce príncipe confuso.
E enquanto ele saia do hotel, vagando pelas vielas escuras e imundas, procurando alguém miserável o suficiente para que pudesse se alimentar sem remorso na manhã seguinte, ela tentava buscar em sua mente qualquer coisa que remetesse a sua vida humana, qualquer coisa entre as memorias borradas e distorcidas, qualquer coisa que tivesse relação a religião, a um Deus que fosse poderoso o suficiente para salva-los, para salvar o seu Drew.
CONTINUA!
HEY' PEOPLE!!!!
Eu sei que esse capítulo está pequeno, que está beeeeeeem diferente de como eu costumava escrever, mas eu tenho como explicar. Bem, eu mudei bastante nesse tempo que estive longe, é normal que a forma que eu escrevo também, mas esse capítulo é mais como uma amostra, apenas para mostrar que agora as coisas vão ficar mais pesadas.
Me contem o que acharam, no que querem que eu foque, o que acham que está legal e o que pode melhorar, me ajudeeeem!
Eu já respondi todos os comentários do post anterior, continuo a fic com mais 6 comentários, okay? Me respondam!
Qualquer coisa que tenham para falar, mais particular, podem me procurar no twitter, @_darkstyle, que eu sigo e respondo a todos. Até a próxima, fiquem com Deus! Xx.